Hikounin Sentai Akibaranger ou Esquadrão não-oficial Akibaranger, é uma série que tinha como objetivo tanto fazer uma parodia da franquia super sentai como sobre os otakus de tokusatsu, em um lugar conhecido como o paraíso nerd japonês, o bairro de Akihabara (e daí vem o nome da equipe, Akibaranger).
Na trama, Hakase Hiroyo, a gerente de um "sentai café" no bairro de Akihabara, contrata três otakus para usarem seu dispositivo de "Grande Ilusão" e se tornarem o Esquadrão Não-Oficial Akibaranger. Cada um usaria sua capacidade de se iludir para entrar em um tipo de realidade aumentada e lutar como um super-sentai nada convencional. Nobuo Akagi é o Red do grupo e um apaixonado pela franquia dos heróis coloridos, tanto que ele aceitou pensando que faria parte da próxima série produzida pela Toei. Moegi Yumeria é uma cosplayer que entrou na brincadeira pela diversão e Aoiyagi Mitsuki é uma jovem praticante de artes marciais que entrou para ganhar experiencia nas lutas, mas ela não se considera otaku.
Resumindo é isso, e agora eu vou listar os pontos em que mais gostei e odiei em mais uma lista de vale ou não a pena. Então podemos começar por.
1 - Positivo: Realidade aumentada
Usando a palavra "Juu Mosou", que significa grande ilusão, eles se transformam em Hikounin Sentai Akibaranger (passando vergonha em público, já que os movimentos são feitos pelos protagonistas em locais públicos como se todos estivessem em algum tipo de transe) disparando de seus Moe Moe Z-Cune (armas feitos com a aparência de uma personagem de anime bem famosa na série) para lutar contra a corporação Stema Otsu, comandada pela Mal Sheena, a vilã com os olhos mais belos de um tokusatsu. Ao invés de generais, essa organização tem chefes de seção, com nomes de bairros de Tóquio.
Para usar seus poderes no mundo da ilusão, eles tem que soltar a imaginação, tanto que muitos vilões, armas e outras coisas aconteceram devido a "desejos" dos protagonistas. Fazer com que toda a aventura não passasse de uma simulação proporcionou que a Toei fizesse um Fan Service que vamos ver no próximo tópico da lista.
2 - Positivo: Participações especiais
Vemos rangers antigos aparecerem no seriado atual o tempo todo, mas Akibaranger foi além disso, trazendo os próprios atores. Como Assim? Logo no segundo episódio, Ryuji Sainei faz uma aparição como ele mesmo, indo para um evento dos Power Rangers SPD. Não só ele participa, Mojo, Yukio Yagamata, Mitsuko Horie, Shoko Nakagawa e dois dublês oficiais da franquia. Além desses, a cantora Rica Matsumoto também teve uma participação que nos leva ao próximo tópico.
Episódios de Super Sentais são cheios de coisas sentimentais, mas é difícil ver algo tão tocante como visto nesse aqui. Na trama, Yumeria está fazendo aniversário e diz aos outros que sua mãe está vindo visitá-la. Mas as coisas ficam estranhas quando todos acabam entrando na "grande ilusão" e a mãe da garota vai junto, se transformando na Akiba Yellow para salvar o grupo. Quando a batalha acaba, descobrimos que a mãe da menina estava morta a 5 anos e eles estavam tendo uma ilusão desde o começo do episódio, como um desejo da personagem em ver a mãe novamente. Triste não :(.
Um dos fortes da série é explicar a estrutura básica de um super sentai. Coisas tão simples que nós deixamos passar desapercebido, como o fato do nome de cada personagem ser relacionado a cor que ele usa (Nobuo AKAgi, Aka=Vermelho, igual Ban Ban AKAza de Dekaranger), deixas para derrota do vilão, os acontecimentos que antecipam o arco final, etc.
O mais interessante foi a de que os heróis lançam seus golpes finais da direita para esquerda, sendo que quem está do lado da esquerda é o perdedor. Isso é uma característica do teatro japonês e é replicado em muitos tokusatsus.
5 - Positivo: Homenagens e Referências
Não são só nas participações de cantores e atores que despejaram o Fan Service, mas também no caminhão de informações sobre a franquia Super Sentai. Musicas quando personagens são citados, acontecimentos, curiosidades de bastidores, participações de heróis consagrados, entre outras coisas, transformam Akibaranger em uma enciclopédia sobre os heróis coloridos.
Junto das Homenagens estão as referências. De todas, a que eu mais gostei foi a brincadeira com os Power Rangers. Na trama, alguns japoneses pensam que Super Sentai foi baseado em uma franquia americana chamada de Powerfull Rangers, causando um alarde entre os fãs mais hardcore da versão japonesa.
A segunda temporada não me agradou muito. Ela não chega a ser ruim por completo, mas ela é mais fraca se comparada a primeira, sem inovações e com coisas mal exploradas. Por exemplo, o general Dor, que tinha tudo para ser um baita vilão, foi descartado de maneira leviana. Isso sem contar que a maioria dos episódios tem tramas parecidas e a série não evolui muito.
Cara, é a Mal Sheena, não precisa de argumentos.
8 - Positivo: Machine Itasha
E que tal trocarmos os Mechas convencionais que se juntavam para formar um robô gigante por um carro que se transforma ao estilo da turma do Bumble Bee?! E para ficar ainda mais parecido com Transformers, o Mecha do Esquadrão Não Oficial também tem o tamanho padrão dos personagens da Hasbro.
E como em todo grupo colorido que se preze, na metade da série aparece um robô secundário menor que o primeiro. Só que dessa vez, era menor mesmo, já que o tamanho era o mesmo de um Action figure. E por falar em Action Figure, eu quero esse robô para ontem.
9 - Negativo: Luna Iwashimizu
9 - Negativo: Luna Iwashimizu
A segunda Akiba blue. Não que eu não tenha gostado da personagem, mas ela é exatamente igual à Aoiyagi Mitsuki. Uma garota que não se considera otaku, além de não saber nada sobre a franquia. A diferença é que dessa vez ela queria ser uma Idol ao invés de uma lutadora, mas diferente de sua antecessora, ela nem é uma garota de atitude.
10 - Positivo: Feita com Bom humor
Hikounin Sentai Akibaranger é uma série que ri de si mesma, zoando todos os clichês de tokusatsu que os fãs sempre ouvem dos haters. Ao mesmo tempo que faz uma baita homenagem muito bem humorada, fazendo alguns se identificarem com os personagens.
Conclusão
Então, apesar de alguns altos e baixos, Akibaranger VALE A PENA SIM! tanto pela homenagem quanto pelas risadas dessa grande galhofa que é a série.
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