Quando eu era criança, o canal que eu mais assistia era a TV Cultura, junto com os desenhos do SBT é claro. Mas conforme fui crescendo fui me interessando por atrações de outros canais - na verdade eu assistia desenhos e séries o dia inteiro. Uma coisa que sempre me chamou a atenção era o fato de que todos os canais tinham em sua grade infanto-juvenil, animes e séries de super-heróis, exceto a Cultura. A explicação, provavelmente é que o publico do canal são crianças bem pequenas e coisas como lutas e super poderes não combinavam com a premissa dele - Doctor Who não conta. Mas recentemente, conheci um tokusatsu que seria uma perfeita atração da Fundação Padre Anchieta, o Super-Homem Ecológico Ecogainder.
Lançado em meados de 2010, Ecogainder é uma série de apenas 14 episódios, tendo 10 minutos de duração cada um, e diferente da maioria dos tokusatsu, ele tem como objetivo ensinar as crianças sobre saúde ecológica. As historias são extremamente simples, apenas mostrando o herói resolvendo problemas de uma família enquanto os ensina a proteger o meio ambiente. A trama gira em torno da família Suzuki, que volta e meia acabam (sem querer querendo) "agredindo" o meio ambiente.
Vamos proteger o meio ambiente
Um dia, os irmãos Ryuusuke e Urara trouxeram uma estranha garrafa para casa, só não sabiam que dentro do artefato havia os "Eco-crushers", vilões que querem destruir o meio ambiente. A mãe de Ryuusuke (que não tem nome) acaba liberando os malfeitores quando diminui a temperatura ambiente com o ar-condicionado. Mas quando tudo parece perdido, surge o Guerreiro Ecológico Ecogainder, um androide criado no futuro, onde a terra foi completamente destruída pela poluição. Ele derrota os vilões com sua rajada ecológica e termina o episódio com um conselho - ao estilo do He-man - sobre preservação ambiental.
Se você é aquela pessoa que acha que tokusatsu é super repetitivo, você vai querer cortar os pulsos assistindo essa série. A trama dos episódios não muda, a não ser pelo problema (pretexto para o conselho no desfecho). Não há lutas, a única ação é quando o herói lança seu raio nos vilões que acabam voltando para a garrafa, para esperar a próxima oportunidade. A família é sempre a mesma, no mesmo cenário - eles realmente não investiram em diversidade alguma na produção.
Até que o enredo é bem chato, mas no final, eles conseguem dar um pouco mais de emoção, com a aparição da rainha DeathGaia, que possui o corpo de Urara. Os vilões ficando bonzinhos (sério mesmo?!) e Ecogainder mostra seu maior golpe - o Ecology Spark. Aliás, esse tokusatsu pode ser comparado ao desenho "Capitão Planeta" por causa de seu tema de instrução ecológica, só esqueceram de mencionar que Capitão Planeta tem muito mais ação.
Se você acha que Jaspion foi o único japonês com cabelo Black Power, é porque não conheceu o Doutor Katagiri, o criador do Ecogainder. Ele consegue superar o Jaspion com aquele cabelo.
Outro ponto positivo é a trilha sonora, interpretada pela voz poderosa de ninguém menos que Masaaki Endoh.
E por falar em musica, a vilã Mudana é interpretada por uma cantora do grupo musical feminino AKB48 - e é a única coisa que salva a série XD.
Não falei que ela valia a série inteira XD |
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